12 de outubro de 2015

Agora. Nunca estou completamente com quem estou. Estou um bocadinho. Estou a 73 por cento. Mas atualmente, este é o meu jeito de apaixonar-me. Há quem só se apaixone assim. Eu quero acreditar que sim. É, este sou eu, a tentar apaixonar-me por outros corpos. Corpos que para mim têm sempre uma característica comum, por muito que me aliviem, desocupem, respeitem ou assegurem, são, variando os prazos e prolongando mais ou menos o pequeno mistério que acaba por se revelar (sempre depressa de mais), corpos desinteressantes. 
Porquê?! Confesso, que ultimamente penso muito nesse porquê. Não sei o que se passa comigo. Bem me coíbo mas, pronto, de vez em quando, lá me foge o pé para a bota e, antes de me dar conta do que estou a fazer, já é tarde, já estraguei tudo, já estão os pensamentos registados. Acontece. Ultimamente acontece sempre. Paciência. É mesmo assim. Quando não funciona, apresento-me como selvagem, já não dá. 
Desculpem! Desculpem a dor aguda, do asfixiamento dos corpos cavernosos da estrutura peniana, entalada entre as minhas pernas.

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