Por vezes sinto-me papel.
Frágil feito de fumaça e osso
naquele cheiro que desaparece de rua em rua.
O tempo é como um cigarro que
evapora na rapidez com que o vento cinzento passa.
Quando estou longe e vejo que
sigo um rumo mas que os outros permanecem na linha de avanço vermelha é fodido
pois é quando engulo em seco o riso calculado no último minuto de despedida.
Sempre fui aquele que quer o
pouco no muito da linha esguia contraditória.
Desta forma ainda permaneço de mãos trêmulas no
pranto daquele ser forte que uiva na noite de lua cheia onde derrama o azul pavão
sob o silêncio que cai dos pardais de porta fechada enquanto os violinos
serpenteiam o paraíso da solidão partilhada.
Aqui vazo a 1 página do livro da minha sombra de água
fresca
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