10 de dezembro de 2012


Terra seca.
Vento molhado.
Fonte de vida transgrida naquele estranho ser que grita.
Se eu fosse carne?
Seria um peixe.
Se eu fosse uma linguagem?
Seria lava.
Se eu fosse humano?
Seria azul.
Um molde, um mistério, uma metamorfose insaciável que imana tinta num planeta desconhecido.
Os lobos uivam sob a lua nascente.
As borboletas renascem queimadas ao sol.
Os cães inalam palmas sob prantos de crianças.  
Uma visão análoga incoerente capaz de cortar cada pedaço proveniente de uma voz medrosa do sentimento que percorre ruas de azeite naquele mar de estátuas nas horas escuras da cegueira.

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