15 de abril de 2011

Num copo com água ácida me afogo.
O meu corpo fragmentado, despedaçado e calejado do sufoco constante despede-se.
Consigo ver uma pitada de azul por detrás do negro obscuro do som ensurdecedor do eco entranhado nas paredes do meu quarto.
Sinto-me novamente.
Um novo ser que bateu no caralho, mas que dança ao sabor de um passo estagnado de  Um Corpo Só.

2 comentários:

  1. já não consigo mais suportar o azul . é uma cor berrante que me sufoca ultimamente e sim, também esta entranhado nas paredes do meu quarto .
    tentei-me despedir dele, mas volta sempre ..

    gostei muito do texto , o tempo é milagroso *

    ResponderExcluir
  2. "Um novo ser que bateu no caralho, mas que dança ao sabor de um passo estagnado de um corpo só." - por vezes alimentamo-nos apenas de um corpo, ele sustenta-nos, ele isola-se apenas em nós. Queremos afogar tudo que nos acorrenta, mas nao possuimos a capacidade de o fazer. Agarramo-nos então ao "azul", á dança, mas também aos medos. Queremos o suicidio, desejamos. Mas ele nunca aparece.

    ResponderExcluir