Neste estridente dia nebuloso a frágil semente despertou a delicada beleza.
O som inacessível da tua entidade tocou nas margens da minha terra.
Rondou a minha árvore formando círculos perfeitos que expeliam o teu fértil aroma nas pupilas dos meus olhos vestidos de fogo.
O cheiro antigo voltou.
Um cheiro característico que alimenta a metade mais gasta do meu corpo.
A tua voz rapidamente penetrou a minha mente e fez-me renascer das cinzas.
Agora percebo que na escassez da minha vingança a tentativa de suicídio foi inútil.
Sinto-me farto de bocejar no abismo e espero realmente que o silêncio que enterrei durante anos nunca mais regresse ao nosso vale.
Vamos abrir a terra e semear o sentimento que tanto amávamos?
Quero sentir o fecundo beijo da palavra branca.
Saborear essa tua pele que abandonei.
Desejo descobrir novamente o nome da balança a sinceridade do nosso azul.
Aquele azul berrante que me transforma num autêntico pavão e cicatriza todo o sangue pecado celeste que rodeia a minha clavícula esquerda.
Perdoa a gula dos meus erros.
Volta a snifar o meu amor.
Pois assim caminharei em direcção ao teu corpo que se encontra a 33 quilómetros e 23 metros e dai renascerá os 2 CORPOS 1 SÓ.
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