29 de agosto de 2011

Nos últimos tempos, nas ocasiões em que me senti possuído por um impulso indomável.
Sim, era apaixonado por ela.
Durou alguns dias, horas e uma vez, até alguns minutos.
A descoberta desse planeta, onde a gravidade começou a colocar aos seus ossos e à sua carne, o tempo que derramou e correu, horizontalmente, o constante e eterno mar de águas conspurcas.
Fez-me perceber que essa viagem breve, não é, definitivamente a minha paragem.
Hoje, opto por viagens azuis longas, pontuais e sem qualquer tipo de turbulência.
E na memória só permanece o simples retrato das três fotografias mais acetinadas.

12 de agosto de 2011

Noite de lua cheia.
As luzes de casa vão apagando-se.
Desvio o meu olhar para a lua azul.
Sustenho a respiração, pois esta encontra-se cada vez mais ofegante e penso nas saudades que sinto.
Saudades do cabelo dourado caído sobre os ombros.
Saudades do olhar, cor volúvel encrespado e cintilando com a mudança da luz.
Simplesmente saudades desta minha visão vigorosa, possante e robusta.
Vem ter comigo logo, pendura-te no meu braço, para assim podermos iniciar a viagem por terras indefinidas.

/uma palavra esmiúça ainda por decifrar.