25 de abril de 2011

Num espaço melodioso e livre me encontro.
Um corpo dissolvido entre as folhas soltas ao som do vento.
Um contraste distanciado do escuto gemer onde a paralisia se desfez.
Dessa tua boca esfumada eu desejo consumir, sumir deste mundo e contigo
desvanecer na escura floresta.
Cada caminho que construimos, mais perto eu te sinto, mais vivo eu estou.


Um novo começo longincuo. Longe a ti voarei.


15 de abril de 2011

Num copo com água ácida me afogo.
O meu corpo fragmentado, despedaçado e calejado do sufoco constante despede-se.
Consigo ver uma pitada de azul por detrás do negro obscuro do som ensurdecedor do eco entranhado nas paredes do meu quarto.
Sinto-me novamente.
Um novo ser que bateu no caralho, mas que dança ao sabor de um passo estagnado de  Um Corpo Só.

3 de abril de 2011

Double Shot.

ENCONTRO-ME PÁLIDO COMO UM CADÁVER.
JÁ NÃO ME CHEGA O GRITO QUE GESTICULO NO FOSSO.
NECESSITO DE GIRAR A ALAVANCA DA PARAGEM SOMBRIA DE EMERGÊNCIA,
MAS ESTA JÁ NÃO EXISTE.
A VERDADE É QUE JÁ NÃO TE QUERO SENTIR, ENQUANTO TE SINTO.
A REALIDADE É QUE TU VIVES, EU VIVO MAS SINTO-ME SEM VIDA.
Num simples acto, asfixio-te no meio do asfalto, enquanto te masturbo.
Neste acto de loucura, enquanto te vejo morrer, perfuro um grande buraco no meu peito, de forma que mancho as paredes do nosso vale negro, com o meu excessivo sangue azul.
SIM, EU SEI, EU ENLOUQUECI.