11 de dezembro de 2014

É um homem que chora. Chora como as sereias que vêem sempre para chorar. E o som das suas lágrimas faz pensar no canto mortal que em náufragos aventureiros e costas longínquas ficará oculto pelas saias e protegido por um corpo morto e novo. Uma paisagem consistente e mais real que a realidade. E não importa ninguém se atreve a acusar de inverosimilhança aquelas árvores em cujos ramos se agitam.  
É impossível ser-se viciado num lugar? 
Sentir a necessidade de voltar uma e outra vez?